A putative precursor of rat liver mitochondrial malate dehydrogenase: (1981) FEBS Letters 133, 127–130
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, 2 November 1981, Pages 129
A putative precursor of rat liver mitochondrial malate dehydrogenase: (1981) FEBS Letters 133, 127–130
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我国全面推行社区志愿者注册制度PAULO ELIEZER FERRI DE BARROS
Muito dif&cil falar sobre o Paulo. Ele era muito pr&ximo embora,
ultimamente, n&o nos v&ssemos com tanta freq&&ncia. Ao falar dele temo trair uma
grande cumplicidade que t&nhamos.
Tenho claro que n&o conseguirei, com toda a plenitude, expressar o que
Paulo significava para mim.
Sinto-me paralisado. Quando aceitei escrever, em um telefonema r&pido,
n&o imaginei tal grau de dificuldade. Imagino-me contando a ele desta minha
dificuldade, e ele colocando a m&o em meu peito, olhando bem fixamente em meus
olhos, sorrindo, falando num tom bem firme: &Come&a, come&a e vai!&
Incentivava a escrever. Ele tinha o dom. Fala muito precisa e que tinha a
capacidade de tocar a alma a fundo, promovendo um turbilh&o emocional em quem
o lesse ou, maior ainda, talvez, em quem o escutasse.
Fala de s&bio, convicto, s&rio, pausado, de quem refletiu muito. Fala de
amante, com leveza, acariciando e tamb&m pegando forte.
.. Fala de poeta, com o
rigor e a precis&o de cada palavra. Fala de prosador, que sabendo envolver e segurar
com um suspense expectante, at& um desenlace imprevis&vel.
Era capaz de integrar estas diferentes falas de modo a provocar, sempre, a
sensa&&o de &quero mais.
Fui seu aluno em
vivencial, parceiro em outros, encaminhei alguns
ex-pacientes a ele e supervisionei terapeutas, seus clientes. Pude presenciar um grande
terapeuta. Sabia realmente ouvir, ver, compreender e responder ao que o outro necessitava.
&As vezes o fazia de modo um tanto brusco, procurando sacudir, revolver, em busca de
uma nova figura. Preciso como um bom cirurgi&o. Tinha foco, sabia o que queria, n&o
gastava palavras & toa. De quando em quando, contribu&a, em geral ao final de um trabalho,
com um depoimento pessoal, onde descrevia como convivia com tal dificuldade.
Tenho claro para mim que estas suas capacidades derivavam de uma
compreens&o de si pr&prio muito grande. Freq&entemente retirava-se do conv&vio
quotidiano, seja atrav&s de uma medita&&o silenciosa, de alguns minutos, seja por
uma pescaria de muitos dias, ou uma ida ao seu s&tio ou & praia.
.. e voltava renovado,
rejuvenescido e com muito material que, de modo alqu&mico, processava com os
mais pr&ximos. Coisa de bruxo mesmo.
Introvertido, com a sabedoria de um velho, embora n&o tivesse tanta idade,
era um lobo solit&rio, n&o preso a nenhum agrupamento, &m&fia& ou &igrejinha&, e
sempre bem-vindo a todas elas.
.. Tinha o passe livre.
Revista da Abordagem Gest&ltica - XIII(1): 165-166,
Revista da Abordagem Gest&ltica - XIII(1): 165-166,
Perfil: Paulo Eliezer Ferri de Barros ()
Troc&vamos muitas est&rias. Colecion&vamos. Uma vez deu-me c&pia de uma
que acabara de escrever: &Bruxas, e como desfaz&-las&. Gostei muito! Vi nela, mas
nunca soube se foi realmente sua inten&&o, a melhor descri&&o que eu j& havia visto do
processo terap&utico, &de tornar uma mulher mais mulher, feminina&. Passei a l&-la em
minhas aulas, praticamente em todos os cursos, por muitos anos, at& agora, e assim
aproveitava para, a meu modo, apresentar Paulo aos meus alunos. E, quando ele soube
disso, muito tempo depois, ao public&-la, mencionou este fato em uma nota.
Paulo foi um dos introdutores da Gestalt-Terapia no Brasil. No in&cio dos anos
1970 foi aos Estados Unidos e voltou cheio de energia, e com muito material. Distribuiu-o
e, como um bom professor, entusiasmou a todos com as novas id&ias. Nos Estados Unidos
fez um treinamento intensivo, em Gestalt-Terapia, com John O. Stevens, no
e tamb&m l& fez Bioenerg&tica com Alan Swarts e professores do
Ele teve o privil&gio de fazer grupo de estudos e supervis&o com o professor
Pethor Sandor (), e tamb&m com o professor S&lon Spanoudis ().
Estudou com o professor Jos& &Angelo Gaiarsa em abordagem corporal, fez treinamento
intensivo com Robert L. Martin e semin&rios semanais com o professor Zeljko Loparic.
Foi diretor da cole&&o &
Novas Buscas em Psicoterapia
&, pela editora
Summus, com 29 t&tulos publicados. Ele selecionou os t&tulos, fez o contato com
as editoras estrangeiras e fez a revis&o cient&fica das tradu&&es. Mais tarde, no
Conselho Editorial, participou da publica&&o de mais onze t&tulos. &E importante
enfatizar que esta cole&&o foi a primeira, e a mais importante na literatura da Gestalt-
Terapia em portugu&s, e, atrav&s dela, a Gestalt-Terapia se difundiu.
Em 1985 ele organizou e publicou, pela mesma editora Summus, com Ieda
Porchat, &
&. Em 1994 publicou pela mesma editora, &
Narciso, a Bruxa,
o Terapeuta Elefante e outras Est&rias Psi
& e, em 2006, &
Amor e &Etica
Paulo foi professor da Faculdade de Psicologia da PUC-SP, da OMEC e da
Universidade de Lorena, sendo nelas respons&vel, por muitos anos, pela cadeira
de &Teorias e T&cnicas Psicoter&picas&. Foi professor convidado no curso de Gestalt-
Terapia do Instituto Sedes Sapientiae, no curso de P&s-Gradua&&o em Psicologia
da PUC-SP e no Instituto de Gestalt de S&o Paulo. Proferiu um sem-n&mero de
palestras e confer&ncias, e conduziu
nos mais diversos locais, al&m de
ter participado tamb&m do II e III Encontros Nacionais de Gestalt-Terapia. Foi
consultor e supervisor de trabalhos em consultoria empresarial.
N&s, da abordagem Fenomenol&gico-Existencial da PUC-SP, t&nhamos, por
mais de uma d&cada, reuni&o toda semana na casa onde ele tinha consult&rio. Eu
chegava propositalmente mais cedo pois assim nos encontr&vamos na cozinha e
&pape&vamos, trocando causos&.
Quanta saudade.
& Psicoterapeuta, Coordenador do Abordagem Fenomenol&gico-Existencial da Faculdade
de Psicologia da Pontif&cia Universidade Cat&lica de S&o Paulo (PUC-S&o Paulo); Precursor da
Abordagem Fenomenol&gico-Existencial na Gestalt-Terapia brasileira.